domingo, 24 de agosto de 2008

Grandes Campeões - Emerson, o primeiro!

A única idéia em que os "amigos" Senna e Piquet sempre concordaram, foi a de que o pioneirismo e o sucesso de Emerson Fittipaldi na F1, abriu as portas para os corredores brasileiros na Europa.

Quando conquistou seu primeiro campeonato, em ´72, Emerson tornou-se o mais jovem piloto de todos os tempos a tornar-se Campeão Mundial de F1, com 24 anos de idade. Tal recorde perdurou por mais de 3 décadas, sendo quebrado somente em ´05, pelo espanhol Fernando Alonso, na época com 22 anos.

Para ilustrar o sucesso do primeiro título do Emmo, coloquei aqui um filme raro de ´73, na ocasião do GP do Brasil, em Interlagos. Trata-se de um trecho do filme oficial da temporada preparado para a equipe Lotus JPS, contendo comentários de Colin Chapman, dono e gênio projetista da equipe.

O vídeo também contém cenas interessantes da da comemoração da vitória, com Chapman atirando seu boné para o alto, e a sempre apaixonada torcida brasileira. E prestem atenção na música de fundo, Emerson, The Champion of the World!

A diferença entre ouro e prata


Ontem assistindo ao ouro das meninas do vôlei, a conclusão foi de que a justiça foi feita, coroando uma performance brilhante das jogadoras, que mereceram o topo do pódio, a medalha de ouro que faltava, depois da prata de Atenas.

Algo que me chamou a atenção foi a emoção do técnico José Roberto Guimarães, que já havia conquistando o ouro em Barcelona ´92 comandando o vôlei masculino, talvez o único treinador a obter a façanha de conquistar o topo do pódio, no mesmo esporte, com ambos os sexos.

Quanto ao seu compatriota Bernardinho, após nova derrota para os EUA e a perda da medalha de ouro, agora é confrontado novamente pela polêmica de ter afastado Ricardinho. Nunca ficou muito claro se o desentedimento se deu por causa da premiação, de melhor do mundo, que o levantador não quis dividir com o grupo. Se isso pesou, Bernardinho estava em posição de decidir, até por sua experiência no passado.

Na Olimpíada de Los Angeles ´84, um time incrível, com Bernard, Willian, Montanaro, Renan e Xandó e cia, bateu os americanos na fase classificatória e tornou-se favorito ao ouro. Só que "conflitos internos", conforme admitido posteriormente por Montanaro, levou à uma desunião do grupo, e na grande final, o Brasil foi atropelado pelos EUA, por 3 sets a zero. Bernardinho fazia parte dessa equipe, como jogador reserva, e certamente trouxe as lições da chamada "geração de prata", para sua vitoriosa carreira de treinador, "transformando sou suor em ouro".
Dessa vez em Pequim não deu, mas valeu o esforço do time, que lutou muito contra um EUA, que foi superior.

A mesma frase vale para as valorosas atletas do futebol feminino, que desconhecem o apoio e reconhecimento do país, por brilhante conquista. A prata delas vale ouro.

Com relação ao futebol masculino, não posso falar nada, pois não vi um homem sequer entrar em campo, carregando a camisa amarela como devia. O bronze deles vale absolutamente nada...